quarta-feira, 7 de março de 2012

A impressão profunda e duradoura

A genialidade de Albert Einstein como cientista é unanime. Conhecido mundialmente por formular a Teoria da Relatividade, Einstein possuiu um lado 'social' que, talvez, muitos desconheçam: foi um defensor dos direitos civis, pacifista, e até proclamador de idéias socialistas. 

Chegou a ser investigado pelo FBI sob a acusação de pertencer ao Partido Comunista, e foi tido como "inadmissível para os EUA" por aconselhar e ensinar uma doutrina anarquista. Está claro que ele não foi um homem como os outros, e dentro de sua personalidade fascinante, existe um lado que me cativa muito e que eu dividirei com vocês. 

No verão de 1930, ele escreve um texto cujo nome é: No que acredito. Nesse manifesto pela alegria, o cientista deixa transparecer que a magnitude da vida está naquilo que nossa mente não consegue captar. Em coisas que nos atingem indiretamente, devido à uma beleza arrebatadora e à uma magia deliciosa. 

"A emoção mais bela que podemos experimentar é o sentimento do mistério. É a emoção fundamental que está no berço de toda a verdadeira arte e ciência. Aquele que desconhece essa emoção, aquele que não consegue mais se maravilhar; ficar arrebatado pela admiração, é como se estivesse morto; é uma vela que foi apagada. Sentir que por trás de qualquer coisa que possa ser experimentada há algo que nossa mente não consegue captar; algo cuja beleza e solenidade nos atinge apenas indiretamente: essa é a religiosidade. Nesse sentido, e apenas nesse sentido, sou devotamente religioso".

A lição que eu tiro ao reflexionar em suas palavras é que: o importante na vida é acreditar em algo, nos deixar encantar pelos mistérios, pelo desconhecido, por aquilo que nos incita. A impressão profunda e duradoura que tive é que admirar-se e maravilhar-se ao apreciar algo, são essenciais para que a vela esteja sempre acesa. 

Gostaria de saber a interpretação de vocês com relação a esse post. Se quiser deixar um comentário eu irei amar! Fique completamente à vontade para expressar sua opinião, como e quando for desejado. 

5 comentários:

  1. Gostei do Texto Gabi, o mesmo que ele descreve é o que faz do artista um eterno buscador de formas de expressar ou como diria D2, a procura da batida perfeita

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  2. Parabéns pela sua abordagem e busca por esse texto escrito no verão de 1930, excelente. Concordo plenamente, se o ser humano consegue criar uma paixão pela vida e um impulso para atravessar essa jornada com tranquilidade, certamente, a vida será um encanto e prazerosa.

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  3. "...admirar-se e maravilhar-se ao apreciar algo(ou alguém), é essencial para que a vela esteja sempre acesa". Não tenho isso como religião, mas sim, emoção.

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    1. ...mas, complementando meu comentário acima, o texto e a tua interpretação ficaram ótimos... Principalmente baseado em uma parte de Einstein onde não se fala de coias exatas... Parabéns.

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  4. Obrigada por todos os comentários. Concordo com vcs... acho que nós seres humanos costumamos complicar o que deveria ser simples. Buscamos a felicidades em coisas exteriores, mas, na verdade ela está dentro de nós: em sentirmos realizados e admirados, em apreciar e maravilhar-se com coisas do cotidiano. Einstein, apesar de sua genialidade para a ciência, era um ser humano de carne e osso, que assim como nós buscava sua satisfação pessoal.

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