sábado, 3 de março de 2012

Independentes... Será?


"A independência não é somente política. É, acima de tudo, independência mental e moral". Tais palavras foram proferidas pelo poeta Oswald de Andrad há 90 anos, (na Semana de Arte Moderna de 22), e cá entre nós, continuam extremamente atual.  Na época, o objetivo do grupo de escritores e pintores era defender uma arte nova, que incluía poesia e música, e atacava o conservadorismo e o academicismo da arte tradicional brasileira. O espírito renovador, presente nos "jovens" artistas chamava atenção para o futuro, e se inspirava nas vanguardas artísticas vigentes na Europa. O Brasil buscava um renovo, uma transformação que deveria metamorfosear âmbitos morais, mentais e comportamentais; e valorizar a identidade nacional. Será que, após 90 anos, conseguimos alcançar esses ideais?

Somos verdadeiramente capazes de valorizar e apreciar a cultura brasileira? É triste admitir, mas eu acredito que não. Penso que a maioria dos cidadãos desconhecem a produção nacional de qualidade, seja ela: musical, literária, artística ou arquitetônica. Mas por quê? A razão é bem simples: para os brasileiros o que é importado é sempre melhor, e o nacional acaba não tendo valor. Quanto desperdício! Quantos valores equivocados, quantas mentes dependentes! O movimento de valorização da nossa cultura, iniciado no começo do século XX, ainda segue por um caminho árduo. Mesmo após a Tropicália, o cinema novo, os novos baianos, etc., os brasileiros não aprenderam o que é bom. Gente!! Acorda!!
Já passou da hora de voltarmos nossos olhares para o que é nosso! Para mim, não há nenhum país mais alegre e vivo que o Brasil, e isso se reflete nas artes, na cultura e em nós: o seu povo!

2 comentários:

  1. Claro que não, toda generalização é burra. Mas eu acho que a maioria (não todos) brasileiros não valorizam a nossa cultura como deveriam. Quero deixar bem claro que é apenas minha opinião pessoal, não uma verdade absoluta.

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